E não temos como não conectar o conhecimento das Plantas Medicinais doada pelos povos indígenas ao longo de tantos anos. Esse saber secular e cultural é o acúmulo dos conhecimentos empíricos, ou seja, vividos, testados e passados por gerações, resultando numa medicina tradicional, reconhecida atualmente pela Organização Mundial da Saúde.
No Brasil, além dos conhecimentos tradicionais indígenas, as contribuições trazidas nesse campo do conhecimento pelos povos africanos escravizados e imigrantes tiveram importância significativa no surgimento de uma medicina popular rica e baseada na utilização da biodiversidade vegetal que perpassa por todos os biomas brasileiros.
A maioria dos medicamentos hoje disponível no mundo é ou foi originada de estudos desenvolvidos a partir deste conhecimento popular, regional e tradicional. Calcula-se que existam cerca de 500 mil espécies de plantas em todo o mundo, sendo que aproximadamente 30% deste total conta com potencial terapêutico, que tornam a diodiversidade brasileira um importante e vasto campo de pesquisa científica.